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Slaide sobre deficiencia intelectual

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Estou Realizando Esse Trabalho com o Lucas.

FORMAÇÃO CONTINUADA DE PROFESSORE EM
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO ACESSÍVEIS




LUCAS MELQUÍADES DA SILVA, é um garoto de 11 anos de idade matriculado no Ensino Fundamental 6º ano ( 5ª série) na Escola Municipal de Ensino Fundamental Dr. Inácio de Sousa Moita, é uma escola pública que não fica muito próxima à sua residência, é enturmado com seus pares por faixa etária, no 6º ano matutino. Sua turma é composta por 34 alunos, muitos são colegas de classe desde o maternal. O aluno demonstra sempre sentimentos de satisfação através da expressão facial. Convive com seus pais e seus irmãos, gosta de vídeo game, assistir filmes e jogos diversos no computador com sua família, especialmente com seu irmão. Na escola ainda está se adaptando a quantidade de disciplina existente na série e o entra e sai de professores. No recreio, intervalo de aula ou aulas vagas nunca fica sozinho, pois os colegas o levam com sua cadeira de rodas para todas as dependências da escola.


Aos dois meses de idade seus pais observaram que Lucas não segurava o pescoço e mantinha as mãos sempre fechadas. Percebendo estes aspectos, comparando-o com outros bebês de sua idade, os pais decidiram buscar subsídios para que o fato fosse esclarecido. Assim, com três meses de vida, ele foi atendido na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e foram orientados a procurarem um fisioterapeuta, pois a criança teria dificuldades motoras. Por indicação, procuraram o hospital Sarah Kubitschek, em São Luís/MA muito distante da cidade onde reside, a instituição confirmou o diagnóstico de Paralisia Cerebral Tetraplégica Espástica CID. 680.0 (PCTE).
Um grande desafio no seu cotidiano, considerando a diversidade e complexidade que se depara no seu dia a dia é a comunicação. Como sua audição é perfeita, compreende tudo que é falado, o seu retorno é dado através de fichas, gestos de cabeça, expressão facial, sinalizando sim/não, o que não é suficiente, e em muitos momentos esta comunicação torna-se confusa. Portanto a CA ( Comunicação Alternativa) é a melhor saída.

SOU DA INACIO MOITA
Vale ressaltar ainda a existência de outras barreiras: falta de uma cuidadora educacional para acompanhá-lo na sala comum, falta de formação continuada e apoio pedagógico e ausência de respaldo oferecido por pessoas e órgãos competentes. No entanto, os professores apesar dessas dificuldades, perceberam que é possível atender as suas NEE, principalmente seus colegas, que estão sempre prontos a ajudá-lo. Sua mãe sempre foi solicita com a escola mantendo-a informada sobre a forma de comunicação que utiliza com ele em casa, e, como poderia ser o trabalho escolar mediante orientação da equipe multiprofissional do hospital Sarah Kubitschek.


Em 2010, o aluno foi matriculado no Atendimento Educacional Especializado (AEE), sendo atendido uma vez por semana, tendo como foco principal a aprendizagem da C.A. ( Comunicação Alternativa) através de tecnologia assistiva de baixa e alta tecnologia. O maior desafio hoje é garantir a ampliação da comunicação, uma participação mais ativa em todas as atividades desenvolvidas na escola e desenvolvimento de sua aprendizagem nas nove disciplinas curriculares, conseguindo identificar, estabelecer e utilizar uma comunicação funcional com estes nove professores e colegas de classe, bem como uma participação mais ativa em todas as atividades desenvolvidas na escola.
Sou professora do Lucas desde 2010 e já consegui identificar por meio de algumas atividades e estratégias que o mesmo possui saberes acadêmico através da Comunicação Alternativa (CA), e acredito que ele está no nível de aprendizagem adequado para sua série, apresentando aprendizagem significativa, demonstrando motivação e gosto pela escola. Entretanto, faz-se necessário garantir na escola um ensino que favoreça a ampliação de sua aprendizagem, sendo estimulado a participar ativamente das atividades, respeitando suas limitações, aproveitando e valorizando as suas potencialidades. Assim, o AEE( Atendimento Educacional Especializado) deve complementar a formação do aluno possibilitando sua permanência na sala de aula comum, buscando sua autonomia em todas as aprendizagens através dos recursos da Tecnologia Assistida (TA) de acessibilidade como a informática acessível, e a comunicação alternativa, que neste caso será um suporte que complementará seu processo de comunicação, pois o Lucas não se comunica verbalmente e sua locomoção é comprometida. Cumpre mencionar que a Comunicação Aumentativa e Alternativa – CAA é uma das áreas da TA que atende pessoas sem fala ou escrita funcional ou em defasagem entre sua necessidade comunicativa e sua habilidade em falar e/ou escrever. Busca, então, através da valorização de todas as formas expressivas do sujeito e da construção de recursos próprios desta metodologia, construir e ampliar sua vida de expressão e compreensão. Recursos como as pranchas de comunicação construídas com simbologia gráfica (desenhos representativos de ideias), letras ou palavras escritas, são utilizados pelo usuário da CAA para expressar seus questionamentos, desejos, sentimentos, e entendimentos. A alta tecnologia nos permite também a utilização de vocalizadores (prancha com produção de voz) ou do computador, com software específico, garantindo grande eficiência na função comunicativa. Nesse contexto o aluno com deficiência poderá desenvolver-se plenamente fazendo amigos, frequentando e permanecendo na escola participando de forma ativa com sua comunidade.








1. Título
Aluno com paralisia cerebral incluído na sala comum em parceria com Sala de Recursos Multifuncional S.R.M.

2. Localização
Sala de Recurso Multifuncional da Escola Inácio Moita em parceria com os professores da sala comum, pois o Lucas é aluno desta instituição.

3.
Tema
Tecnologia Assistiva – Sala de Recurso Multifuncional – Parceria com os professores da sala comum.

4. Objetivos
Proporcionar ao aluno maior independência, qualidade de vida e inclusão social, através da ampliação de sua comunicação (com o uso da comunicação alternativa), mobilidade e controle de seu ambiente, conhecendo as dificuldades e habilidades e indicando suas potencialidades de seu aprendizado, e integração com a família, amigos e sociedade.


5. Justificativa
Este plano destina-se ao atendimento do aluno Lucas Melquíades. Ele tem onze anos, matriculado no 6º ano, tem Deficiência Física - Paralisia cerebral, com comprometimentos nos membros inferiores e superiores, apresenta dificuldades para segurar a cabeça e o tronco. Gosta da escola e demonstra interesse em participar das atividades. Ele conhece letras, presta atenção à aula e é avaliado através de perguntas objetivas, responde o sim com um sorriso e o não com uma expressão séria, utiliza pranchas de comunicação alternativa e cartões que são apontados com a mão, também dispõe de um vocalizador de voz. Mesmo sendo conduzido pelos colegas, o aluno tem acesso aos diferentes espaços escolares, tem boa relação com a turma, mas, há uma superproteção dos colegas para com ele, o que dificulta o desenvolvimento do mesmo. Quanto a aprendizagem, não há dúvida do potencial cognitivo e desenvolvimento acadêmico do Lucas. Quanto às barreiras de acessibilidade física e curricular, observa-se que a cadeira é inadequada, há inadequação do mobiliário e falta de apoio de uma equipe multiprofissional. Assim, faz-se necessário a elaboração e execução deste plano de A.E.E, para atender as necessidades educativas especiais do Lucas, proporcionando-lhe acessibilidade e o desenvolvimento da sua autonomia .

6. Metodologia
* Garantir o suprimento de material específico de Comunicação Aumentativa e Alternativa (CAA) (prancha cartões de comunicação, vocalizadores), que atendam a necessidade comunicativa do aluno no espaço escolar;
* Adaptar material pedagógico com a simbologia gráfica, bem como pranchas de comunicação temática, proporcionando a aproximação e o aprendizado do uso do recurso de comunicação e a ampliação do vocabulário de símbolos gráficos;
* Confecção e uso de pranchas/cartões de comunicação temática e a partir dos conteúdos estudados em classe;
* Resolução de atividades escolares utilizando-se o C.A;
* Aprendizagem dos diversos recursos da TIC’s;
* Pesquisa em sites no computador;
* Jogos no computador associado à C.A. A;
* Ensino do uso do C.A. A;
* Ensino da usabilidade e das funcionalidades da informática acessível;
* Adequação de material;
* Estratégias para autonomia no ambiente escolar;
* Potencializar suas aprendizagens utilizando recursos de acessibilidade;
* Utilizar recursos de Tecnologia Assistiva de acordo com suas habilidades físicas e sensoriais por meio da informática acessível;
* Compreender o uso de “softwares” específicos de CAA, utilizando o computador como ferramenta de voz, proporcionando a expressão comunicativa;
* Ampliar o repertório comunicativo por meio das atividades curriculares e de vida diária.
7. Recursos.
* Pranchas/Cartões de comunicação do tipo: temáticos, de conteúdos de letras, números, gravuras e palavras, alternativas para responder às questões objetivas na escola;

* Adequação de materiais: Elaboração de formas/ modelos de tipos de atividades (flexibilização) que podem ser utilizados pelos professores na sala de aula comum em todas as áreas curriculares do 6º ano;
* Conjunto de hardware e software:
* Para produção acessível: Broffice.org Writer e Microsoft Word. DOSVOX e * Teclado virtual do Windows;
* Câmera Mouse,
* Vocalizador com áreas de mensagens gravadas, especialmente idealizadas para tornar o computador acessível;
* Softwares de reconhecimento de voz,
* Scanners para digitalização de livros;
* Pastas e fichários de comunicação alternativa, pasta e prancha frasal;
* Pranchas com fotos e gravuras seriadas;
* Jogo da memória e baralho com figuras de animais;
* Fichas e cartões simbólicos
7.1. Infraestrutura de informática

2. Computadores
1. Fone;
1. Scanner;
1. Impressora;
1. Laptop.
1. Internet
7.2. Ferramentas computacionais
1.Teclado virtual - para dar autonomia na escrita do Lucas, devido o seu comprometimento motor sua escrita só será possível desta forma;
2.Vocalizador para ampliar sua comunicação alternativa;
3.Softwares especializados que o ajude nas atividades de vida diária e acadêmicas;

8. Cronograma:

Neste caso específico o cronograma por atividade não faria sentido, pois este plano é anual. O aluno é atendido no AEE, uma vez por semana, na sexta-feira. No horário de 13:30 ás 17:30.
Atividades
Fev
Mar
Abril
Maio
Jun
Agost
Set
Out
Nov
Ensino do uso do C.A. A;
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Ensino da usabilidade e das funcionalidades da informática acessível;
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Aprendizagem dos diversos recursos da TIC’s; teclado virtual, dosvox.
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Resolução de atividades escolares utilizando-se o C.A;
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Pesquisa em sites no computador;
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Softwares de reconhecimento de voz,
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Pastas e fichários de comunicação alternativa, pasta e prancha frasal;
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Pranchas com fotos e gravuras seriadas;
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Jogo da memória e baralho com figuras de animais;
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Fichas e cartões simbólicos
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9. Acompanhamento dos Resultados

A avaliação será processual, contemplando os avanços do aluno no contexto escolar, observando em que as ações do AEE contribuíram, fazendo os devidos ajustes para que haja a eliminação das barreiras curriculares. Para tanto, será utilizado alguns instrumentos avaliativos como: Portfólio, registro descritivo, entrevistas e observações de campo.

10. Referencias Bibliográficas:

  1.  "Tecnologia Assistiva em ambiente computacional: recursos para a autonomia e inclusão sócio-digital da pessoa com deficiência", em co-autoria com DAMASCENO, L. L., e "Softwares especiais de acessibilidade: categorias e exemplos", ambos publicados no manual "Tecnologia Assistiva nas escolas: recursos básicos de acessibilidade sócio-digital para pessoas com deficiência", publicado pelo Instituto de Tecnologia Social (ITS Brasil), São Paulo, 2008. (versão digital disponível em)http://www.itsbrasil.org.br/sites/itsbrasil.org.br/files/Digite_o_texto/Cartilha_Tecnologia_Assistiva_nas_escolas_-_Recursos_basicos_de_acessibilidade
  2. _socio-digital_para_pessoal_com_deficiencia.pdf)




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